CONCERTOS: Jonquil n'O Meu Mercedes
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Nem três meses separaram a gloriosa actuação dos dEUS em Paredes de Coura e este regresso a palcos nacionais. Na terça-feira passada, o Sá da Bandeira encheu para acolher Tom Barman e companhia, dois dias depois de cenário idêntico na Aula Magna, em Lisboa. E não há dúvida que estes belgas estão em grande forma. De resto, que os dEUS são uma grande banda já todos sabíamos; que têm um pequeno culto em terras lusas, onde já actuaram dezenas de vezes, também; que trazem no reportório algumas das canções que nos acompanham para todos os lados, idem aspas. Por isso mesmo, a "única" coisa que este concerto vem provar é que Vantage Point, editado em Abril, é um dos seus melhores álbuns, conseguindo mesmo a proeza de ser responsável por alguns dos pontos mais altos da noite, como "Slow", "The Architect" ou até "Smoker's Reflect".
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Hoje, n'O Meu Mercedes, às 23h00. A não perder.
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Se tivermos em conta o que se passa lá fora, os Pontos Negros são apenas mais uma banda com tiques de Strokes e Libertines. Já se nos fecharmos no nosso pequeno rectângulo, os Pontos Negros também não trazem nada de novo, mas o buzz que se tem gerado à sua volta começa a merecer algum destaque. Apareceram na altura certa, perante uma geração que conhece de tudo um pouco, mas que tem poucas referências próprias, agarrando-se a qualquer fenómeno do qual possa fazer parte. Ontem, no Maus Hábitos, no Porto, esse fenómeno foi perceptível. Dezenas de pessoas, sobretudo adolescentes, acorreram à chamada para ver (pouco, já que o palco, ou melhor, o estrado dos M.H. permite apenas que as primeiras almas da frente observem os músicos, ficando os restantes a ver movimentos de cabeças) e ouvir o quarteto de Queluz. Com o álbum de estreia Magnífico Material Inútil lançado este mês via Flor Caveira e um EP homónimo muito afamado entre os cibernautas, os Pontos Negros trazem ainda pouca bagagem, mas sabem estar ao vivo, são simpáticos e comunicativos e tocam razoavelmente bem. Têm um conjunto de canções engraçadas, algo parecidas umas com as outras, mas muito animadas, rock'n'rolleiras e bem escritas. A plateia dançou, cantarolou, mandou os seus bitaites e, sobretudo, foi notório que todos se divertiram durante pouco mais de 45 minutos. Mais parecia um concerto para amigos, tal a informalidade e a afectivade entre banda e público. A mim, pessoalmente, deixaram-me um bocado indiferente, mas ficou claro que era uma das poucas excepções. E ainda bem.
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Dois anos após o fabuloso Return To Cookie Mountain e de uma actuação inesquecível no Festival SBSR, o regresso dos TV On The Radio era por aqui aguardado com bastante afogo. Depois de escutado com a devida atenção, penso que Dear Science é um excelente álbum, diferente do que a banda nos tinha apresentado até hoje, portador de brilhantes momentos musicais, mas confesso que me soube a pouco. Ao contrário da maior parte do trabalho anterior dos TVOTR, pautado por uma grande dose de contenção e contemplação, Dear Science é um disco mais entusiástico e luminoso, onde se aposta em investidas funk, dominantes arranjos orquestrais, baterias aceleradas, sopros e metais festivos, sintetizadores indiscretos. No entanto, a meu ver, se por um lado se dá um passo em frente, por outro perde-se alguma consistência (consistência essa que era absolutamente inabalável em Return To...). As 6 primeiras canções são extraordinárias, sobretudo a sofisticada "Dancing Choose" e a belíssima "Family Tree", mas depois disso o álbum não surpreende tanto, sendo até "Red Dress" um número perfeitamente dispensável. A mestria dos TV On The Radio continua lá, mas trata-se de um disco menos conseguido que os seus antecessores. 16/20.
Há qualquer coisa de especial nos peixe : avião. Não é fácil dizer o quê, mas acho que tem a ver com o facto de, apesar de todas as influências e referências óbvias, haver algo de genuinamente português na música destes bracarenses. 40.02 é o título do álbum de estreia, editado em Setembro, depois da maquete de apresentação lançada no ano passado os ter catapultado para o topo das esperanças em bandas nacionais. E não desapontaram. Pode-se dizer que entre a maquete e o disco as diferenças não são muito avultadas - e talvez por isso 40.02 não cause tanto impacto... -, mas há um esforço, lógico e complexo, de aprimorar aquilo que já era um primor. Em 10 sólidos temas, apoiados sobretudo na tríade guitarra-baixo-bateria, mas recorrendo também a caixas de ritmos e algumas teclas, os peixe : avião criam uma atmosfera soturna, porém agradável, onde o rock é o veículo através do qual circulam uma série de sentimos. No entanto, nada disto faria sentido sem as extraordinárias letras de Ronaldo Fonseca, cuja voz, apesar de não ser especialmente potente, atinge um emocionante falsetto. Pode não ser propriamente inovador na forma, mas se lhe juntarmos o conteúdo, 40.02 é um dos melhores álbuns nacionais editados recentemente. 16/20.
Depois de audições continuas de "Crimewave" e "Knights" - a primeira, sobretudo, que conta com a participação dos HEALTH, é uma daquelas canções capazes de me elevar aos céus em três tempos -, esperava mais do álbum de estreia dos Crystal Castles. Salvaguardando o mérito de um som que se destaca pela originalidade, o duo canadiano acaba por se perder no meio de tantos temas (são 16), não se percebendo bem onde é que queriam chegar exactamente. Ora se aproximam do terreno da canção propriamente dita em temas evasivos com batidas simples adornadas com sintetizadores, samples e muita programação, ora desestruturam as formalidades musicais em deambulações próximas da experimentação em agressivas conjugações de sons agudos e fragmentados, recorrendo a vários efeitos sonoros tipo "tetris" e muitos berros e frases imperceptíveis à mistura. Apesar de alguns bons momentos e de uma sonoridade com muito estilo, o registo acaba por se repetir e prolongar em demasia. Não perdia rigorasamente nada se se retirasse pelo menos meia dúzia de faixas, sobretudo aquela última, "Tell Me What To Swallow", uma destoante balada acústica como que a preparar a ressaca depois do bombardeamento electrónico - quão cliché (mas excelente título, btw). 14/20.
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A Islândia está à beira da bancarrota, mas a princesa Björk resolveu gravar um tema para ajudar uma organização defensora da natureza no país do fogo e do gelo. Os media anunciaram com pompa e circunstância que "Nattura" teria a colaboração de Thom Yorke, mas a presença deste resume-se a uns murmúrios de fundo, sendo que o epicentro do tema está na fortíssima batida de Brian Chippendale, dos Lightning Bolt, que lhe confere uma grande densidade. Esta ambiência sombria é ainda reforçada pelos sintetizadores de Matthew Herbert e a electrónica do habitual Mark Bell. Impertinências à parte, trata-se de uma poderosa canção.
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Tomei conhecimento do projecto YACHT apenas o ano passado, através da compilação Worried Noodles, onde uma série de artistas indie deram corpo e voz às letras peculiares do artista plástico David Shrigley. "I Saw You" é o tema em questão e foi uma das canções que mais me ficou no ouvido. Mais tarde vim a saber que por detrás de YACHT está Jona Bechtolt, um prodígio das electrónicas nascido nos EUA há 28 anos atrás. Tem já cinco álbuns lançados em pequenas editoras independentes americanas, fez parte dos muito recomendáveis The Blow, tocou bateria em várias bandas, incluindo a de Devendra Banhart, e tem ainda um papel activo dentro do circuito artistico norte-americano. O ano passado saiu-lhe a sorte grande: pouco antes do lançamento de I Believe In You. Your Magic Is Real, o seu álbum mais recente, recebeu um convite para partir em digressão com os LCD Soundsystem (já partilhou também o palco com os Architecture In Helsinki, Dirty Projectors, Vampire Weekend ou High Places). YACHT é, agora, uma das novas apostas da DFA Records. O primeiro lançamento na editora de James Murphy e Tim Goldsworthy é o EP Summer Song, disponível via iTunes. Esperem-se electrónicas com influências tropicais, por vezes próximas da pista de dança mais convencional, outra vezes com excelentes divagações grunge e psicadélicas.
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10:34 da manhã
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Jay-Jay Johanson está de regresso. O seu novo álbum recebeu o nome de Self-Portrait - depois de um título fabuloso como The Long Term Physical Effects Are Not Yet Known, este soa um pouco banal - e será lançado repartidamente em vários locais do globo a partir deste mês até Janeiro de 2009. Entretanto, Jay-Jay iniciou já uma pequena digressão pela Europa que o trará de volta a Portugal (dia 18 de Outubro, no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre) e onde se espera não só que apresente as novidades do LP, mas também alguns temas da banda sonora que compôs este ano para o filme La troisième Partie du Monde, de Eric Forestier, ainda sem data de lançamento definitiva.
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Já ninguém os livra do rótulo, sobretudo desde que a NME, que adora atirar as suas "descobertas" às feras, os colocou na capa com a tagline 'What new rave did next'. De facto, o que se passa aqui é uma grande festa, mas esta malta de Nottingham consegue alcançar um patamar muitíssimo mais interessante do que a maioria das outras simpáticas bandas da new rave. Produzido por Erol Alkan a.k.a DJ Arol - prolífero remisturador turco radicado em Londres que, recentemente, assinou a produção dos novos dos Mistery Jets e Long Blondes -, Fantasy Black Channel é, até ao momento, um dos discos mais criativos do ano. Aqui tudo é possível, a imaginação não conhece limites. Imprevisível, dramático, colorido, trata-se um trabalho de combinações improváveis, guitarras excêntricas, baterias aceleradas, electrónica tresloucada, sons esquizóides e letras estranhas. Conjugando de forma única uma série de géneros (synthpop, glamrock, electrotrash, etc.) e havendo certamente alguns pontos de contacto com outras bandas (Of Montreal, Shitdisco, We Are Wolves, Klaxons), os Late Of The Pier conseguiram criar um estilo muito próprio e que certamente vai continuar a dar que falar nos próximos tempos. 18/20.
Sobretudo se comparado com as esquizofrenias de Worst Case Scenario, o trabalho de estreia dos dEUS, editado em 1994, Vantage Point é um dos álbuns mais acessíveis destes belgas. O que não quer de todo dizer que seja um registo menor. Este é o resultado de um processo de amadurecimento da banda, que tem sabido crescer com a passagem do tempo e cuja sonoridade está cada vez mais consistente. Esperem-se, por isso, canções densas com batidas fortes e muito groove negro como "Oh Your God" ou "Is A Robot", mas também algumas baladas românticas como "Eternal Woman" ou "Smoker's Reflect". E é precisamente neste contraste entre temas mais corpulentos e poderosos e outros mais suaves e folkish que surge a verdadeira magia deste álbum. Vantage Point não é, contudo, um álbum imediato - vai-nos conquistando e envolvendo até nos deixar completamente rendidos. Resta dizer que, para os ouvidos mais atentos, há por aqui deliciosas surpresas: a voz inconfundível de Karin Dreijer Andersson, dos The Knife, em "Slow" e a de Guy Garvey, dos Elbow, em "The Vanishing Of Maria Schneider". 17/20.
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Há bandas que conseguem ir roubar sonoridades passadas e transformá-las em algo de completamente novo. Não é o caso dos Mary Onettes. E ainda bem que assim é. Estes suecos transportam-nos directamente e sem pieguices para as ambiências setentistas de uns Cure ou uns Joy Division, fazendo-nos recuar no tempo como se estivessemos a viver esses momentos pela primeira vez. Ontem, n'O Meu Mercedes, provaram não só que têm a lição muito bem estudada, mas também que se conseguem afirmar como banda com vida própria. Sob o olhar atento de uma sala pequena mas bem composta, os Mary Onettes percorreram quase todas as faixas do álbum de estreia homónimo e brindaram-nos ainda com algumas canções novas. Foi um óptimo concerto - curto, apesar dos dois encores, mas muito consistente, fluído e emotivo. Terminaram com "Pleasure Songs", cujo título é uma excelente descrição destes sons cinzentos com um suave aroma pop.
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"Cada vez mais os espectáculos de Madonna são pensados para promover e agigantar o mito criado à volta da sua figura. Sticky & Sweet vive única e exclusivamente disso. E funciona. Funciona do primeiro ao último momento. Madonna é imbatível em palco. Sabe que o é e não quer deixar de o ser mesmo, ou sobretudo, aos 50 anos. Assume o estatuto de rainha da pop e de superstar (é imponente a forma como se apresenta ao público sentada no trono que conquistou), mas não esquece que está ali para trabalhar. Mais profissional é impossível."
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9:15 da tarde
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Convém estar atento. A Optimus e outras empresas que se têm interessado pelo patrocínio de concertos têm dinheirinho suficiente para os promover como deve ser, mas há uma série de outras promotoras empenhadas em trazer cá os nomes de que se fala, embora a palavra não se espalhe de forma tão eficaz. Assim sendo, chamo a atenção para as seguintes actuações, cujas datas e locais se encontram na barra lateral à direita:
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2:05 da tarde
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A pouco e pouco, as coisas começam a voltar ao seu normal funcionamento. Um dos sintomas disso mesmo é o regresso do Clubbing. E, como não há fome sem fartura, já foram anunciados os cartazes das duas próximas edições. Em Outubro, dia 31, vamos ter por cá a magnífica Róisín Murphy e Khan of Finland. Em Novembro, dia 14, sobem ao palco da Sala 2 os Cut Copy, que deram recentemente um fabuloso concerto no Sudoeste, e ainda os Boyz Noise. São todos muito bem vindos, sobretudo Miss Murphy, que escapou no Alive e de quem se espera um grande espectáculo.
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O Plano Alternativo vai estar esta 6ª FEIRA, DIA 12 DE SETEMBRO, a passar discos no 3º aniversário do ERA UMA VEZ NO PORTO..., que vai também abrir um novo espaço (bar), o Rés-Do-Chão. A partir das 23h30. Estão todos convidados.
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12:18 da manhã
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Apesar de ter passado praticamente despercebido, o ViMus - Festival Internacional de Vídeo Musical, 4 a 7 de Setembro, Póvoa do Varzim - já deu a conhecer os vídeos vencedores desta sua segunda edição. Não concordo especialmente com alguns dos vitoriosos, mas a lista poderá dar aso a uma interessante pesquisa no Youtube.
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10:24 da tarde
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O episódio de ontem de The L World, cuja 3ª temporada a RTP2 voltou a repor esta semana, trouxe consigo uma bela recordação: as Sleater-Kinney. A banda surge como convidada musical de Kit no The Planet, apresentando "Jumpers", do derradeiro The Woods (a cena pode ser vista aqui). Cerca de um ano depois, o trio feminino, quase sempre associado ao movimento riot grrrl, entrou em hiato aparentemente definitivo. Em baixo deixo o vídeo de "Get Up", excelente tema incluído no álbum The Hot Rock. Muito, muito bom. Boas, perdão.
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4:23 da tarde
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Eles chamam-lhe folk-electronic-gospel, eu chamo-lhe um conjunto de esplêndidas canções. Longe das revoluções técnicas e sonoras de My Life In Bush Of Ghosts, de 1981, Everything That Happens Will Happen Today marca o regresso da dupla Byrne & Eno e é, em toda a sua simplicidade, um álbum extraordinário. Como se já não houvesse provas suficientes disso, os dois senhores voltam a mostrar que, para além de serem uma referência incontornável da pop actual, continuam eles próprios a estar na vanguarda. Tal como, por exemplo, os Vampire Weekend, que têm aqui uma das suas principais influências, estas duas "cabeças falantes" conseguem soar a novo sem estarem propriamente a inovar.
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